Tradicionalmente no Brasil, no período de maio a julho, há um aumento de ocorrências de balões no espaço aéreo, o que aumenta os riscos à vida de terceiros.

Na última segunda-feira (10), a Força Aérea Brasileira emitiu uma nota em seu site oficial para conscientizar a população, utilizando dados disponibilizados pelo CENIPA, sobre os perigos diretamente envolvidos nessa prática.

Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba são líderes no ranking de reportes de balões de ar quente não tripulados neste período. Somente neste ano, já foram somados os registros de 186 avistamentos.

De acordo com as fontes fornecidas pela FAB, o CENIPA declara que foram registrados 23 reportes no Aeroporto Santos Dumont, 21 reportes no Aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas, e 14 reportes no Aeroporto de Bacacheri em Curitiba.

A nota também alerta que o perigo pode aumentar ainda mais sob condições de mal tempo, pois a visibilidade diminui e um desvio necessário se torna impossível. O impacto de uma colisão com um balão pode atingir 250 toneladas, dependendo de sua massa e da velocidade da aeronave. Por exemplo, um balão de 15 quilos, considerado pequeno, ao colidir com um avião voando a aproximadamente 300 km/h, gera um impacto de três toneladas e meia.

“O Departamento de Controle do Espaço Aéreo está atento para a questão envolvendo os balões não tripulados. São adotados procedimentos quando um balão é avistado. A primeira ação tomada pelos controladores de tráfego aéreo ao receber esses reportes é notificar todos os operadores na vizinhança do avistamento do balão. Os pilotos também são alertados quanto a esse tipo de ocorrência por meio do ATIS, uma mensagem periódica gravada que informa sobre as condições do aeroporto e suas proximidades” declara o Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, o Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha.

Por fim, a nota reafirma a importância da conscientização geral da população sobre o assunto e encoraja a denúncia por meio do número 190, da Polícia Militar.

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