A Marinha da Coreia do Sul recebeu um importante reforço de suas capacidades na quarta-feira (19) com a chegada dos três primeiros jatos de patrulha marítima P-8 Poseidon. Fabricados pela Boeing, os aviões são especializados em missões contra navios e submarinos.
As aeronaves foram recebidas na base naval de Ponhang. Antes do pouso, houve o encontro em voo com um P-3C Orion, o avião que será substituídos pelos jatos da Boeing.
Em 2019, a Coreia do Sul e os Estados Unidos assinaram a compra de seis P-8A Poseidon em um programa para substituir os 16 veteranos P-3 Orion. Com a conclusão do treinamento dos tripulantes nos EUA, a Coreia do Sul levou para casa os três primeiros aviões, que devem entrar em serviço a partir do ano que vem. Os outros três P-8 serão entregues até o final deste mês. Os militares sul-coreanos começam agora um período de familiarização local com os novos jatos.
Baseado no jato de passageiros 737, o P-8 é uma aeronave de patrulha marítima multifuncional, equipada com sensores e sistemas de armas para detectar, localizar e até mesmo atacar embarcações na superfície ou debaixo d’água. O P-8 também é empregado em atividades de vigilância, inteligência e busca e resgate.
O avião possui um radar APY-10 para mapeamento de alta resolução, um sistema de sensor acústico, uma torre eletro-óptica / IR e medidas de suporte eletrônico (ESM). Estruturalmente a aeronave compartilha diversos componentes com o Boeing 737NG, porém com alterações específicas para uso do avião no serviço militar.
O modelo foi desenvolvido justamente para substituir os P-3 em várias marinhas no mundo, inclusive a dos Estados Unidos que hoje tem no Poseidon a sua principal plataforma de guerra antissubmarino e superfície. Dessa forma, a interoperabilidade entre os dois países também é favorecida. Estruturalmente a aeronave compartilha diversos componentes com o Boeing 737-800, porém com alterações específicas para uso do avião no serviço militar.
A partir da introdução dos P-8 em serviço, a Coreia do Sul terá um salto na capacidade de responder ameaças navais como as da Coreia do Norte e China, que tem reforçado suas respectivas marinhas.
Com informações de Naval News.