A Marinha já aposentou seus F-14 Tomcats, enquanto a Força Aérea está gradualmente aposentando seus A-10 Warthogs e B-1 Lancers. Agora está chegando a vez dos fuzileiros navais aposentarem seus AV-8B II Harrier. O jato ainda está em serviço no Corpo de Fuzileiros Navais, mas o tempo está passando. Os Harriers são aeronaves de decolagem curta e pouso vertical (STOVL), projetadas para operar a partir de navios de assalto anfíbios dos fuzileiros navais e dos pequenos porta-aviões da antiga Marinha Real Britânica.

Os fuzileiros navais estão se encaminhando para a aposentadoria do jato de salto AV-8B Harrier II até o final de 2026. Com a substituição do antigo pelo novo, o Corpo de Fuzileiros Navais está realizando a transição para a variante F-35B, um caça de ataque conjunto de 5ª geração, maior e significativamente mais capaz.

Como reportado pela Defense Visual Information Distribution Service: “Corbett é um dos dois últimos fuzileiros navais a receber a especialidade ocupacional militar 7509, piloto de jato AV-8B Harrier II, enquanto o Corpo de Fuzileiros Navais faz a transição da aeronave tática legado do jato AV-8B II Harrier para o jato F-35 Lightning II.”

O AV-8B Harrier II serviu aos fuzileiros navais desde 1980 (o antigo AV-8A Harrier está em serviço desde 1971). Mas por mais icônico e inspirador que seja o jato, ele é um produto de outra época. Comparado ao F-35B, duas das principais limitações dos Harriers incluem pequenas cargas úteis e falta de furtividade. Entre outras coisas, o F-35B também possui um raio de combate muito maior.

A migração para o F-35B está sendo feita de maneira gradual. Em 2020, os fuzileiros navais desativaram um de seus esquadrões de Harrier mais conhecidos para iniciar a transição para o caça F-35B. Além disso, os Fuzileiros Navais estão em processo de modernização e certificação de seus navios de assalto anfíbios para acomodar os F-35B, assim como os porta-aviões da Marinha estão sendo atualizados e certificados para operar os F-35C.

Os Harriers conquistaram um status icônico no serviço da Marinha Real Britânica durante seu uso na Guerra das Malvinas de 1982 contra a Argentina. No entanto, mais de 40 anos se passaram desde então, e essas aeronaves estão envelhecendo. Em resposta a cortes orçamentais, os britânicos aposentaram seus Sea Harriers em 2010 sem uma substituição imediata (agora, a Marinha Real opera alguns F-35B nos modernos porta-aviões da classe Queen Elizabeth).

Vários outros países ao redor do mundo também estão aposentando os Harriers um por um. Os britânicos os aposentaram, assim como a Marinha Real Tailandesa e a Marinha Indiana. Além dos Fuzileiros Navais dos EUA, os únicos outros operadores são a Marinha Espanhola e a Marinha Italiana. No entanto, a Marinha Italiana está planejando aposentar seus Harriers antes dos Fuzileiros Navais em 2024 ou 2025. Os italianos também estão fazendo a transição para novos jatos de combate F-35B Lightning II em seus porta-aviões.

Isso fará com que os espanhóis se tornem os últimos operadores da família Harrier. Segundo um artigo recente da Aerotime, a Marinha Espanhola está comprometida em manter sua frota de jatos Harrier AV-8B+ operacional até pelo menos 2030. A Espanha possui dez Harriers monopostos em excelente estado, sendo que sete deles estão alocados no navio de assalto anfíbio Juan Carlos I.

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