Dois dos principais grupos de companhias aéreas da Europa, Lufthansa LHAG.DE e Air France-KLM AIRF.PA, anunciaram cortes de custos na terça-feira, depois que disputas trabalhistas e altos pagamentos de clientes ligados a interrupções de voos se aprofundaram primeiro trimestre.

O primeiro trimestre é muitas vezes deficitário para as companhias aéreas, com menos reservas, mas o deste ano foi pior do que o esperado para os dois grupos devido a greves dispendiosas e processos devido a limites de capacidade e cancelamentos.

A Air France-KLM está procurando ativamente maneiras de limitar despesas. O desmantelamento de empregos é uma das opções discutidas pela companhia aérea, embora esse plano não seja concreto, disse o CFO Steven Zaat ao discutir os resultados trimestrais. A empresa tem cerca de 73 mil funcionários.

As perdas da Air France-KLM atingiram 480 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, em comparação com 337 milhões de euros no mesmo período de 2023. Esta foi a pior perda trimestral desde o fim da pandemia do coronavírus.

A Air France-KLM não é o único grupo de companhias aéreas que tenta controlar os custos da empresa. A Lufthansa anunciou na terça-feira que implementará medidas de redução de custos. A empresa alemã teve um prejuízo operacional de 849 milhões de euros nos meses de janeiro, fevereiro e março, mais 600 milhões de euros do que no ano anterior.

A Lufthansa disse que cortaria custos operacionais, pausaria novos projetos e aumentaria o escrutínio de pessoal administrativo adicional em sua marca principal, a Lufthansa Airlines, para conter pesadas perdas com greves.

A transportadora gastou 350 milhões de euros (374,8 milhões de dólares) nos primeiros três meses deste ano, depois de concordar com salários mais elevados para o pessoal e lidar com custos de cancelamentos. Entretanto, a Air France-KLM teve de pagar 50 milhões de euros em compensação, principalmente aos clientes da sua transportadora holandesa.

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